sexta-feira, março 24, 2006

nocturnos

A noite avança abruptamente,
matando o que resta do dia
trazendo consigo os medos
a louca solidão, a busca pela sanidade...
a luta começa com a última restea
de fé, a partir com a ganacia material...
Nesse momento há um revez no intimo
mortal, ao de cima vislumbra-se o animal
insaciavél pela carne...
Imparavél na sua lasciva maneira
de ser imoral; até mesmo e irreal.
Imoral, imoral, mil vezes imoral...
Sacia-se finalmente na copula assexual,
uma, duas, três; incontaveis vezes; sem fim...
Deseja agora mais...
Aquilo que merece nem um animal repugnavél,
que é nada mais que... desprezivél
Quer um fim a tudo que é limpo e certo
na sua mente perversa; a razão maniconial
invade os seus pensamentos, deseja a carne
do santo graal, da púdica virgem,
da puta de rua;
Já sem força, recua...
perante a fé, a moral...
de mais um dia que começa
Mais uma vez o ciclo retorna
o animal veste agora um fato de respeito
até que a noite avance de novo...

Mike Maciel 12/12/2000

4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

não te sabia poeta. gostei muito.
a verdade nua e crua das noites de muitos ...

11:37 da manhã  
Blogger LFaustino said...

...ok só te faltava mesmo virares poeta.
Muito bom...gostei....

6:27 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

sons da noite!
ilusões perdidas...
horas que passam
ficando recordações vividas.
desejos proibidos!
insólitos sentimentos...
amarguras sentidas
revivendo impiedosos momentos.

12:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Evoco a luz das trevas...
chamo o som do infinito.
Sinto o murmurar do silêncio
invadir o meu espírito.
Oh trevas, que minh`alma invades!
Penetrando-a até à tortura,
arrastando um desejo mortal
levando-a à mais pura loucura.
A tua luz bloqueia o meu sentir,
acordando-o num labirinto
onde me perco, da minha sombra,
sem saber o que realmente sinto!

12:05 da tarde  

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